Fim de Copa Brasil de Paracanoagem no lago do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, com grandes feras na água. Foram dois dias de competições, sexta-feira (25) e sábado (25), que reuniram 48 paracanoístas. O evento paradesportivo foi sediado pela primeira vez na região Centro-Oeste, com organização da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) junto à Federação Estadual (FCaMS), com apoio do Governo do Estado, por intermédio da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).
A Copa contou com a presença de competidores vindos do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Foram disputadas provas em oito categorias: KL1, KL2, KL3, VL1, VL2, VL3, KLT1 e KLT2, nos gêneros feminino e masculino.
Fã assíduo de esporte, o secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, acompanhou o evento ao lado da esposa Mônica Riedel. Para ele, a competição só veio somar todas as políticas públicas que Mato Grosso do Sul já desenvolve, por meio da Fundesporte. “Eu acho que o investimento no esporte tem que passar de ser uma retórica e ser, de fato, concretamente um investimento prioritário. Esse evento é um orgulho para o estado, fruto de todo um esforço que é um orgulho pra gente, e vai continuar agregando e contribuindo para o desenvolvimento do esporte aqui no estado”.
Fernando Rufino, prata da casa e bolsista do Governo do Estado, sagrou-se campeão em duas provas, nos 200 metros das classes KL2 e VL2 (caiaque e canoa). O sul-mato-grossense, conhecido como “Cowboy de Aço”, do Clube de Regatas de Aquidauana (CRA), fez o tempo de 52s540 no KL2, ficando quase dois segundos à frente de Igor Alex Tofalini, do Iate Clube de Londrina/PR (ICL (54s260). Quem garantiu a terceira colocação foi Luís Carlos Cardoso (Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo do Campo/SP (AFPSBC), com a marca de 54s680.
“A torcida aqui foi gigante e as emoções chegaram a 100%, foi muito bom poder competir aqui em casa e ganhar duas medalhas de ouro. A organização do evento está de parabéns e eu saio com uma felicidade em dose dupla, pela vitória e por ter uma competição tão bonita aqui no meu Mato Grosso do Sul”, fala Rufino, natural de Eldorado (MS) e medalhista de ouro também na Paralimpíada de Tóquio-2020.
Prova final da principal categoria no lago do Parque (foto-EMS)
Na disputa do VL3 masculino, Giovane Vieira de Paula (ICL de Londrina/PR) conquistou a medalha de ouro com o tempo de 51s180 no percurso de 200 metros. O segundo lugar ficou com Caio Ribeiro de Carvalhom do Clube Regatas do Flamengo, e em terceiro André dos Santos Prates, do Bra Va’a do Rio de Janeiro/RJ. “Graças a Deus deu tudo certo na canoa e garanti o primeiro lugar. Agora, é pensar nas competições internacionais. Um grande abraço a todos que torceram por mim”, exalta Giovane Vieira, conhecido como “Pantera Negra”.
Disputando o KL1 feminino, a atleta sul-mato-grossense Katiane Andrade de Almeida ficou na quinta posição. No entanto, para ela, só o fato de competir já é uma grande vitória. Esta é a segunda vez que a canoísta do Clube Estoril, de Campo Grande, disputa uma prova de paracanoagem. “Foi um prazer competir em casa, ter a torcida com a gente. Foi uma disputa acirrada, fazer parte do esporte paralímpico é uma honra e vou firme para poder chegar longe”.
A campeã da KL1 entre as mulheres foi Mari Christina Santilli, do CRC Curitiba (PR). Em segundo ficou Aline Furtado de Oliveira e em terceiro Pamela de Lima Kesler, ambas atletas do Instituto dos Bombeiros de Responsabilidade Social de Brasília/DF (Ibres).