A não participação do Sete de Dourados no próximo Campeonato Estadual era dada como certa pelo presidente Tony Montalvão, que chegou a enviar uma carta à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) com essa intenção. O discurso, porém, repete anos anteriores e começa a mudar. O dirigente, que atualmente está em Portugal, disse que tem conversado com a alta cúpula da Federação para discutir a possibilidade de jogar a próxima temporada.

Dois problemas estão no caminho de Montalvão para confirmar o Sete no Estadual 2020. Estádio para mandar os jogos e o fato do clube não ter disputado nenhuma competição de base em 2019, condição obrigatória para estar apto para o ano seguinte. A Federação já realizou todas as competições previstas no calendário, mas é uma situação que poderá ser contornada.

Uma solução feita em 2018 pode ser repetir. Ano passado, Águia Negra e Urso de Mundo Novo participaram de um Estadual Sub-15, em Rio Brilhante, organizado para que os dois clubes tivessem a condição para disputar a temporada 2019. Segundo Marcos Tavares, coordenador de competições da Federação, pode acontecer o mesmo, mas o prazo é curto. “Ele [Montalvão] propôs o Sete realizar o Estadual Sub-13 em Dourados ou Itaporã para o clube participar e ter condições de jogar em 2020. Tem até o Arbitral para o Sete jogar alguma categoria de base. Depois do dia 19 de novembro ele está fora”, disse.

Douradão

Sobre estádios, a situação segue a mesma desta temporada, quando Sete e Operário AC não jogaram nenhuma das suas partidas como mandante no Estádio Douradão. Abandonado pela Prefeitura Municipal, que inclusive desativou seus órgãos que funcionavam no local, alegando que um laudo apontou risco iminente de pane elétrica nas dependências do estádio, nada foi feito até então para que o local pudesse ter condições de receber jogos oficiais em 2020.

De Portugal, onde atualmente coordena o futebol do FC Pedras Rubras, que disputa uma das divisões de acesso, Tony disse que tem alternativas na mesa. Uma seria seguir jogando no Estádio Chavinha, em Itaporã, cidade cerca de 20 km de Dourados. A outra, mas radical. “Uma outra cidade ofereceu estádio e apoio de empresários para levar o Sete. Sem o Douradão, ninguém poderia reclamar de levar o Sete para uma outra região”, disse e lamentou: “Dourados tem o melhor estádio do Estado e não podemos utilizar”.

com gazetams