Os mais de 11 milhões de habitantes da cidade de Wuhan, conhecida por ser cortada pelos rios chineses Yangtzé e Han, recebem, alegres e muito calorosos, as delegações que chegam do mundo inteiro para participar da 7ª edição dos Jogos Mundiais Militares. A competição é organizada pelo Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM) e envolve esportistas de todas as Forças Armadas dos 140 países membros do CISM.
O Brasil conta com 352 atletas, que competirão em 29 modalidades. Serão 12 dias de competições, que tiveram início nesta quarta-feira (16.10) e prosseguem até o próximo dia 27, data da cerimônia de encerramento.
No total, a delegação verde e amarela tem 491 integrantes, entre atletas, comissão técnica e auxiliares, e é composta por atletas militares de carreira que, na sua maior parte, são integrantes do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas (PAAR), do Ministério da Defesa.
Dos 352 convocados, 182 (51,7%) recebem o Bolsa Atleta do Governo Federal, sendo que 51 recebem a Bolsa Pódio, 31 a Bolsa Olímpica, 43 a Bolsa Internacional e 57 a Bolsa Nacional. O investimento total nesses atletas é de R$ 8.332.500,00 por ano.
Na China, 276 atletas (78,4%) fazem parte do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas. Entre eles, 168 (60,8%) atletas contam com apoio do Bolsa Atleta e do PAAR.
Entre os convocados, 203 são homens (99 bolsistas) e 149 são mulheres (83 bolsistas). Na delegação, há ainda quatro paratletas, sendo dois do tiro com arco e dois do arremesso de peso.
Considerando apenas as modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos, já que há modalidades tipicamente militares no programa, a delegação brasileira conta com 295 atletas, sendo que 179 (60,7%) são bolsistas.
O secretário especial de Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, ressalta a importância desses incentivos aos atletas. “O Governo Federal, com seus programas de incentivo como o Bolsa Atleta e o PAAR, aposta no esporte como ferramenta de cidadania e temos certeza de que é uma forma de ajudar os atletas a disputar competições importantes como os Jogos Mundiais Militares. Estamos com uma excelente expectativa, pois temos grandes nomes competindo e, com certeza, veremos o Brasil nas primeiras colocações do quadro de medalhas”, afirmou.
A competição em Wuhan é considerada pelas autoridades civis e militares chinesas como um dos maiores e mais importantes eventos internacionais do país. Os Jogos Mundiais Militares terão como marca a participação recorde de nações e ressaltarão o respeito ao meio-ambiente e à sustentabilidade. Além disso, para muitos atletas trata-se de mais um evento preparatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
O primeiro dia de ação na China teve competições de vôlei e de futebol. A abertura oficial será na sexta-feira (18.10), em Wuhan, e contará com a presença do ministro da Cidadania, Osmar Terra, que, além da cerimônia, irá prestigiar a delegação brasileira e acompanhar algumas competições. O Secretário Décio Brasil também acompanhará a cerimônia de abertura e verá os atletas brasileiros em ação.
Atletas brasileiros/militares são destaques no China (foto-ACS)Brasil nos Jogos Mundiais Militares
A primeira edição dos Jogos Mundiais Militares, realizada em 1995, na Itália, já contou com a participação do Brasil, que terminou na 36ª colocação na classificação geral.
Em 2011, os Jogos Mundiais Militares foram realizados no Rio de Janeiro, ocasião em que o Brasil terminou a competição em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 114 pódios. Foram 45 ouros, 33 pratas e 36 bronzes.
Na última edição, disputada em 2015, em Mungyeong, na Coreia do Sul, os brasileiros ficaram em 2º lugar no quadro geral, com 84 medalhas, sendo 34 ouros, 26 pratas e 24 bronzes. O Brasil, hoje, está entre as maiores potências esportivas dos Jogos Mundiais Militares.
O objetivo em 2019 é manter o resultado alcançado nas últimas edições do evento e novamente terminar a competição entre as três melhores posições no quadro geral de medalhas.
com assessoria