Durante a assembleia do novo estatuto da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, no último dia 06, o presidente da FFMS, Estevão Petrallas convidou o consultor em gestão de futebol do governo Eduardo Riedel, Júlio Brant, para ser o novo CEO da fundação. A convocação, no entanto, não foi aceita.
Em entrevista ao Jornal da Hora, da Rádio Hora FM 92,3, desta terça-feira (13), Júlio Brant explicou que por todo o Brasil, a situação econômica dos estados reflete em seu futebol, mas no caso do MS isso ainda não é uma realidade.
O gestor ressaltou que os clubes devem atrair o interesse de investimento de empresas locais, e a partir disso passar por um processo de profissionalização e da transformação em SAFs. Conforme ele, não há mais espaço para o amadorismo.
“A gente [precisa] fazer um processo de SAFzação dos clubes do estado. Já há alguns que estão trabalhando, e eu tenho trabalhado em conjunto, para se tornarem SAFs o mais rápido possível, ainda esse ano. A partir daí nós vamos criar a condição do investidor entrar. Futebol não é doação, não é filantropia. Futebol é uma indústria geradora de emprego e renda, que gera bons negócios e retornos a esses investidores. E é isso que estamos querendo fazer no estado.”, disse.
Dirigentes estiveram reunidos na última semana (foto-EMS)Conforme Brant, o desafio é fazer com que o investidor confie que os clubes e a Federação de Futebol tem condição de realizar a gestão do dinheiro investido. Para isso, o trabalho será focado em três linhas de atuação: infraestrutura, regulação e capacitação.
“Sem Infraestrutura você não faz futebol, sem estádio e sem centro de treinamento. A infraestrutura é fundamental. Você não faz futebol hoje sem ter os clubes se tornando SAFs e com uma federação que consiga responder. E você precisa ter mercado, pessoas capacitadas, fisioterapeutas, psicólogos […] Você precisa ter todas as valências associadas ao futebol moderno disponíveis no mercado”.
Fonte: Rádio Hora/Reuel Oliveira