A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vive tempos turbulentos desde que Coaracy Nunes foi acusado de desviar recursos públicos repassados à entidade. À espera de mudanças, o nadador César Cielo apoiou a candidatura de Miguel Cagnoni, mas não está satisfeito.
“Tivemos uma mudança na CBDA, mas ela foi por tabela, no papel. A gente não está sentindo efetivamente uma mudança na prática. Até onde o que aconteceu no passado está atrapalhando, não sei dizer. Mas estamos esperando algumas mudanças que não vieram até agora e precisamos começar a ver”, alertou.
Miguel Cagnoni passou a comandar a CBDA em junho de 2017, mas foi oficialmente reconhecido pela Federação Internacional de Natação (FINA) apenas no último mês de fevereiro, quando a entidade promoveu uma Assembleia Geral Eletiva. Com Luis Fernando Coelho, ele segue como presidente até 2021.
“Se a natação continuar do jeito que está, vai ser um decréscimo constante. Vamos ter cada vez menos nadadores na piscina e menos clubes investindo. Então, estamos em um período em que as mudanças são necessárias, sim”, declarou o nadador de 31 anos de idade.
Questionado sobre o que poderia mudar na natação, Cielo disse ter “muitas ideias”. Entre elas, sugeriu diminuir a duração dos três principais torneios nacionais para três dias e a necessidade de “espalhar” a modalidade, hoje concentrada em São Paulo e no Rio de Janeiro.
César Cielo entende que a “natação está passando por um período muito ruim” e acha que os ex-atletas terão participação decisiva para fortalecer a modalidade regida pela CBDA. Na reta final da carreira como competidor, ele pretende colaborar com o processo assim que decidir encerrar sua trajetória.
Com gazetaesportiva