O Sete de Dourados vai sim disputar o próximo Campeonato Estadual. A mudança de posição do gestor do clube, Tony Montalvão, foi anunciada nesta semana com a solução para o problema financeiro do clube para a montagem do time. O caminho vai ser aproveitar o elenco vice-campeão estadual Sub-19 que vai disputar a Copa São Paulo de Juniores e reforçar o grupo com uma espinha dorsal formada por jogadores experientes. Além disso, com o Estádio Douradão interditado nas primeiras rodadas, Itaporã seria o destino.
Desde a final do Campeonato Estadual deste ano, com o quarto lugar, Tony tem dado atenção ao elenco Sub-19 e mantinha o discurso de que o clube, campeão em 2016, iria se afastar do futebol profissional por um período. Agora, segundo ele, a solução encontrada é melhor do que ficar fora e retornar apenas na Série B. “O elenco da Copa São Paulo volta aos treinos nesta terça-feira. Para reforçar esse grupo vamos trazer alguns jogadores experientes. É melhor do que se afastar e se encaixaria no nosso orçamento”, disse. Valdir Fortini, técnico do Sub-19, deve seguir no comando também no Estadual.
A decisão está diretamente ligada à dificuldade do clube em angariar patrocinadores para as competições que tem pela frente. Para a Copa São Paulo a camisa terá as marcas da Via Parque, provedora de internet por fibra ótica e também do Majestic Hall Eventos. “Vamos trabalhar para manter essas marcas e trazer outras para o Campeonato Estadual”, afirma o dirigente.
Jogar onde?
Outro problema que precisa ser administrado pelo Sete é onde mandar os seus jogos em 2019. O Estádio Douradão está sem laudos necessários para sua liberação, o que, segundo a Funed, que administra o local, deve acontecer entre dezembro e início de janeiro. Resolvida essa questão, o Sete não poderá jogar no Douradão nos primeiros três jogos como mandante, já que foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MS) em decorrência da confusão envolvendo torcedores e equipe de arbitragem na semifinal contra o Operário FC.
Para resolver essa questão, Tony procurou a prefeitura de Itaporã para mandar jogos no Estádio Chavinha, e, consequentemente, manter a estrutura de treinamento na cidade vizinha à Dourados. “Vamos providenciar os laudos junto com a prefeitura e melhorar a estrutura de vestiários para jogadores, arbitragem e espaço da imprensa. Tudo para mandarmos nossos jogos no local. Daí, manter o elenco em Itaporã e treinarmos no Chavinha também nos ajudará a ter uma melhor adaptação ao gramado”, explica.
O problema neste caso é que a punição prevê que os jogos sejam realizados 100 km de distância de Dourados, o que eliminaria, por exemplo, as cidades de Itaporã, Rio Brilhante e até Maracaju, locais que poderiam receber os jogos. A diretoria ainda estuda como resolver essa situação.