Principal pugilista de história do Brasil, Éder Jofre morreu na madrugada deste domingo (2) aos 86 anos, em Embu das Artes, na Grande São Paulo, por complicações de uma pneumonia. A informação foi confirmada pela família do lutador.
Jofre, que sofria de encefalopatia traumática crônica, foi internado em março por causa de uma pneumonia. Na época, a filha de Éder, Andrea, explicou que ele era assistido por um grupo de multidisciplinar de profissionais para a recuperação.
O boxeador foi campeão mundial em duas categorias diferentes. Ele se manteve campeão do peso galo de 1960 a 1965. Já em 1973, ele conquistou o título mundial também na categoria peso pena.
A história de Éder Jofre
Pode se dizer que Éder Jofre nasceu boxeador em 26 de março de 1936. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre, mais conhecido como “Kid Jofre”, havia sido lutador, e sua mãe era da família Zumbano, de grande tradição no boxe paulista. Nascido no centro de São Paulo, foi criado no bairro paulistano do Peruche.
Em 1953, Eder Jofre subia pela primeira vez nos ringues como amador no torneio “Forja de Campeões”, porém ele só estreou no pugilismo profissional em 1957. Já em 1960, tornou-se campeão mundial pela categoria de peso-galo, após vitória contra o mexicano Eloy Sanchez, em Los Angeles.
Ascensão, queda nos anos 60 e volta por cima
Dois anos depois do “Galo de ouro”, unificou o título ao bater o irlandês Johnny Caldwell, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. No entanto, depois de sete defesas do título, Eder Jofre perdeu o cinturão em 1965, para o japonês Masahiko Harada.
Depois de perder a revanche em 1966, desmotivado e com problemas para se manter no peso da categoria, abandonou o boxe retornando somente em 1969 aos ringues, lutando pelos pesos-pena. Depois de catorze lutas por essa categoria, venceu o cubano naturalizado espanhol Jose Legra, e tornou-se campeão mundial pela segunda vez.
Com agencias