Há mais de 20 anos, o fotógrafo Franz Maciel Mendes registra tudo que acontece a sua volta por meio de cliques. Desde 2016, Franz trabalha na área de esporte e atualmente é considerando um dos principais profissionais em sua área de atuação no estado do Mato Grosso do Sul.
Franz Maciel Mendes é campo-grandense, mas atualmente mora em Dourados. Aos 46 anos de idade, o profissional é reconhecido por proporcionar belíssimas imagens, de acordo com a visão por trás de sua câmera. O fascínio pela imagem, começou em 1999, como uma forma de registrar acontecimentos que estavam a sua volta.
“Eu vou atribuir esse encanto, a época da Associação dos Moradores da Coophasul. Eu tinha acesso a diversas fotos, de como o bairro se formou, os registros fotográficos da época e aquilo ali fez com que me habituasse a ter contato com a foto. E quando eu fazia os campeonatos de futebol na praça da Coophasul, eu fazia questão de que todas as equipes fossem fotografadas”.
“Então, isso fez com que aquele hábito, se tornasse rotina no meu dia a dia, de sempre ter a foto, próxima de mim como um registro daquele momento. É claro que o passar do tempo fez com que eu aprimorasse o entendimento e a técnica”, lembra Franz.
Foi por meio desta simples “distração” de uma partida de futebol, que Franz aos poucos passou a ter um olhar mais aguçado para a arte da fotografia. Se atualmente ele trabalha cobrindo eventos esportivos, em um primeiro momento, a intensão de ser um fotógrafo profissional não era o seu foco principal.
“Uma coisa interessante em relação a tornar o pensamento da fotografia enquanto profissão. Talvez eu não tenha dado esse valor, tanto quanto ao lado do registro em si, pra mim ela serve muito mais como uma diversão, uma terapia. Ela tem esse valor, não financeiro, mas de ser um hobby que te dá prazer. Você fica grato porque as pessoas gostam da sua fotografia e isso é importante pra mim”, explica Franz.
A foto faz com que possamos acompanhar diante de nossos olhos, um instante único, que se não fosse por ela, ficaria apenas gravado em nossas memórias. Dentre tantos momentos marcantes que ficam para a posterioridade, Franz Mendes se recorda de um feito inusitado sob o seu trabalho, que virou sinônimo de excelência e que gera repercussão até mesmo nos dias atuais.
Foto: Lucas Mendonça.
“Uma foto que eu me recordo aqui e que foi totalmente despretensiosa, foi eu saindo do portão dos fundos da reitoria para pegar algo no carro e aí quando eu estava saindo e eu vi na esquina ao lado da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), numa residência, algumas crianças indígenas penduradas numa escultura”.
“Eu fui e fiz a fotografia, sem que elas pudessem no primeiro momento me observarem. Então elas estavam ali se divertindo, nas asas do anjo. E daquela foto, saiu diversas interpretações dentro da comunidade acadêmica e cada curso estava fazendo a sua análise. O curso de direito fez uma análise, o de pedagogia outra, o de história outra, o de arquitetura fazendo outra completamente diferente, dentro da arquitetura”.
“E eu achei o maior barato, porque eu fiz pela cena inusitada, mas cada curso estava pegando a cena das crianças e fazendo uma análise jurídica de estar em cima de um monumento e assim foi. Então essa é a satisfação, é você criar discussões, você fazer com que aquilo que está ali estagnado, tenha uma vida. Então, cada um fez a sua e eu coloquei a alma na foto, que virou inclusive discussão de especialização e mestrado”, finalizou Franz Mendes.
Com semretranca
