A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem um novo presidente em exercício. Trata-se de Ednaldo Rodrigues, escolhido nesta quarta-feira (25) pelo Conselho de Administração da entidade para substituir Antônio Carlos Nunes, conhecido como ´Coronel Nunes´. A informação foi confirmada pela CBF. O presidente da FFMS, Francisco Cezário, está no Rio e disse por contato que está “fechado” e que retorna apenas no próximo sábado. O objetivo da reportagem era ouvir sobre a votação e que posição ele toma a partir do novo presidente. Mas agora terá que aguardar o retorno.
DECISÃO NO RIO
A reunião que decidiu a nomeação do novo presidente teve a presença dos oito Vice-Presidentes, que aprovaram o nome do novo mandatário. Ednaldo Rodrigues exercia a função de presidente da Federação Bahiana de Futebol.
“Como o Estatuto Social da CBF não prevê a forma de substituição do Presidente em caso de afastamento temporário, todos os Vice-Presidentes da entidade – únicos possíveis substitutos – dispuseram formalmente de seu direito de substituição temporária em favor do Vice-Presidente Ednaldo Rodrigues Gomes, que assume interinamente a presidência”, diz um trecho da nota emitida pela CBF.
A decisão de nomear Ednaldo Rodrigues como novo mandatário da instituição acontece um dia depois da Comissão de Ética da CBF recomendar a suspensão por 15 meses do presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo.
A punição é referente a uma denúncia de assédio moral e sexual contra uma funcionária da entidade, que o acusa com base em gravações cedidas pela própria vítima. Caboclo está afastado desde o início de junho. Portanto, como já foram cumpridos três meses de afastamento, ele teria mais 12 meses fora do cargo pela frente.
Caboclo é acusado também em outros dois casos de assédio. Um deles foi denunciado por mais uma funcionária da entidade e outro aberto depois da denúncia de um diretor da CBF. No que se refere à funcionária, Caboclo é acusado de tentar assediá-la em pelo menos três oportunidades durante um voo internacional em 2020. O outro processo, que envolve o diretor, é por assédio moral.
Para realmente determinar o afastamento de Caboclo, a recomendação feita pela Comissão de Ética precisa agora ser balizada pela Assembleia Geral da CBF, que é composta por 27 dirigentes de federações estaduais do futebol brasileiro. Para que a punição seja aplicada definitivamente, 3/4 dos membros da Assembleia precisam ratificar a decisão da Comissão. A Assembleia, que aconteceria nesta quarta-feira (25), foi adiada.