A Fifa anunciou nesta quarta-feira (3) o quadro de arbitragem para o futebol nos Jogos Olímpicos de Paris, em julho. O Brasil será representado por sete profissionais, sendo dois árbitros, quatro assistentes e uma árbitra de vídeo. Dos 89 profissionais indicados, o Brasil é o país com árbitros escalados pela FIFA.
O catarinense Ramon Abatti Abel e a paranaense Edina Alves estão entre os relacionados para apitar os jogos. Quatro assistentes brasileiros também foram confirmados nas Olimpíadas: Neuza Inês Back, de Santa Catarina, Guilherme Dias Camilo, de Minas Gerais, Rafael Alves, do Rio Grande do Sul, Fabrini Bevilaqua, de São Paulo. No VAR, o Brasil estará representado por Daiane Muniz, de São Paulo, mas sendo ela natural de Mato Grosso do Sul.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, comemorou o número de árbitros escolhidos para uma competição de tamanha importância.
“As palavras são orgulho e felicidade pelo trabalho que a gente tem feito. Em 2022, já foram sete árbitros convocados para o Mundial do Catar e, nos Jogos Olímpicos, ter novamente sete árbitros convocados, sendo o país com mais indicações, nos deixa muito felizes”, comemorou Seneme, que ressaltou também a confiança da FIFA no trabalho da arbitragem brasileira.
“Demonstra que a FIFA confia no trabalho que está sendo realizado. Isso estabelece uma linha de parâmetro que a arbitragem brasileira é confiável e nos estimula a seguir nessa linha de trabalho e melhorar sempre. Há coisas a melhorar? Óbvio que há, não estamos falando aqui da arbitragem perfeita, mas nos deixa muito felizes para seguir no caminho que a gente entende que é o correto”, acrescentou.
A Suécia vem logo atrás do Brasil em indicações, com cinco representantes. Argentina, México e França têm quatro escalados cada.
Convidada para a primeira turma do curso Rap-FIFA, que realiza a preparação da arbitragem para a temporada 2024, Daiane Muniz comentou a felicidade de ser chamada para o grande evento esportivo mundial. Ela destacou também a presença feminina entre os indicados brasileiros e a responsabilidade de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.
“Estou sorrindo porque estou buscando palavras pra descrever esse momento especial na minha carreira, na minha vida. Estou muito feliz, me sinto realizada e quero dedicar esse momento de felicidade extrema à minha família, que está comigo nos momentos difíceis”, disse Daiane, que também trabalhou na Copa do Mundo Feminina em 2023 e no Mundial Sub-20 Feminino em 2022.
“Tenho a responsabilidade de representar a maior delegação de arbitragem do mundo. Somos sete árbitros do Brasil e, desses sete, somos quatro mulheres. É importante ressaltar esse número, nós fomos oportunizadas pela CBF, um trabalho de treinamento, um trabalho de oportunidades para que a gente mostrasse o nosso trabalho e a capacidade de representar o Brasil no maior evento esportivo mundial”, concluiu.
Com agência CBF