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Decisão do TJD causa desconforto no Comercial e presidente ‘pensa’ em não disputar a Segundona

Presidente do time comercialino vai acertando os documentos do clube (foto-EMS)

A recente decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Mato Grosso do Sul (TJD-MS), que ampliou o prazo para que clubes interessados em disputar a Série B estadual regularizem sua documentação, no período de 30 dias, provocou reações distintas nos bastidores do futebol sul-mato-grossense. Uma das vozes mais críticas à medida foi a do presidente do Esporte Clube Comercial, Marlon Brandt, que agora a pouco publicou nota oficial, pensando em ficar de fora da competição, agendada inicialmente para acontecer em agosto, com pelo menos nove equipes.

Na matéria no site do clube, Brandt manifesta o desconforto com a decisão, que, segundo ele, poderia causar insegurança quanto à organização e ao calendário da competição. O dirigente comercialino, dá a entender, que esperava uma definição mais rígida dos prazos e, nos bastidores, abrisse caminho para que o Comercial fosse confirmado diretamente na Série A do próximo ano — diante da possibilidade de uma Série B esvaziada ou com poucos clubes regulares.

Entretanto, a decisão do TJD, respaldada também pela Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul (FFMS), foi amparada pelo princípio da isonomia. A ampliação do prazo tem como objetivo assegurar que mais clubes possam participar da competição, promovendo a valorização do futebol estadual e evitando o enfraquecimento das divisões de base, que hoje ocupa a penúltima colocação no ranking da CBF.

Para dirigentes e desportistas, que o site conversou desde os últimos dias e que vem trilhando um caminho na busca da recuperação, desde o início da Operação Cartão Vermelho, o fortalecimento do futebol vem sendo apresentada, de forma, lenta, mas conquistas dentro de campo. O Comercial, clube tradicional e de grande torcida, já demonstrou em sua história capacidade de superação e conquistas marcantes. A expectativa dos torcedores e de muitos dentro do próprio clube é que a volta à Série A aconteça de forma sólida, com planejamento técnico e desportivo. Para isso, ex-dirigentes e torcedores tem um encontro agendado para o próximo dia 31, onde espera dar um novo rumo ao clube vermelho.

A divergência de visões em torno da decisão do TJD reflete também o momento de transição e reconstrução que vive o futebol sul-mato-grossense. Se por um lado há quem cobre mais firmeza administrativa, por outro, há uma clara aposta em inclusão, competitividade e meritocracia.

LEIA A NOTICIA OFICIAL PUBLICADA NO SITE DO COMERCIAL.

Após apresentar o relatório da prestação de contas dentro do prazo estipulado pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, o Esporte Clube Comercial coloca em dúvida sua participação no Campeonato Sul-Mato-Grossense – Divisão de Acesso. A intenção do clube é direcionar os recursos, que seriam investidos na montagem do elenco principal, para o fortalecimento das categorias de base.

A decisão sobre a retirada da disputa do Campeonato Estadual será encaminhada aos associados em reunião prevista para o final deste mês, em data ainda a ser definida pelo clube. Caso confirme sua desistência da competição, atual gestão avalia que terá mais tempo para fortalecer as categorias de base e a captação de recursos destinados à construção de uma estrutura própria para o futebol profissional.

Toda essa discussão começou após o presidente Marlon Brandt relatar, durante reuniões com os clubes participantes do Estadual – Divisão de Acesso, a proposta de antecipação do arbitral — uma condução que, segundo ele, não foi adequadamente gerida pela Federação. A própria entidade já agendou o arbitral para o dia 2 de julho, 45 dias antes do início da competição, o que, na avaliação do clube, compromete o planejamento e gera dúvidas quanto à sua participação no Campeonato Sul-Mato-Grossense – Divisão de Acesso.

Por mais que o Esporte Clube Comercial tenha aprovado a atual gestão da entidade, acreditando em uma mudança de mentalidade, o Colorado se mostra insatisfeito com uma administração que continua conduzindo os trabalhos com os mesmos vícios das gestões anteriores.

“Minha posição como presidente é de não participar da Divisão de Acesso e, em vez disso, investir mais na estrutura das divisões de base. Fui eleito presidente e, por isso, vou levar essa pauta aos associados e ouvir os torcedores, para que possamos tomar as melhores decisões”, relata Marlon Brandt.

Mesmo com todas as dúvidas sobre sua participação, o Esporte Clube Comercial está providenciando toda a documentação e os laudos exigidos pela federação até o final do mês, aguardando a antecipação do Conselho Arbitral, marcado para o início do mês de julho.

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