A maior competição escolar estadual é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), com apoio da Companhia de Gás do Estado (MSGÁS). Os duelos do basquetebol, assim como do handebol, aconteceram nos dias 11 e 12 de setembro.
A Escola Presbiteriana Erasmo Braga, representante douradense, teve de suar a camisa para subir no lugar mais alto do pódio novamente. Isso porque enfrentou, em clima de final, neste domingo (12), a tradicional Escola Municipal Jardim Ivone, de Ponta Porã, no último e decisivo confronto. Cada instituição havia ganhado duas partidas até a “decisão”.
Como é de se esperar de um Dourados x Ponta Porã, um dos clássicos do basquetebol escolar sul-mato-grossense, o duelo foi eletrizante do começo ao fim, disputado ponto a ponto. O empate, por vezes, predominou no placar, um “toma lá, dá cá” entre as equipes. A maior vantagem no marcador foi de 12 pontos. No final, vitória da Erasmo Braga por 71 a 66, renovando o título dos Jogos Escolares.
A técnica douradense Michele Del Pino não parou de dar instruções um minuto sequer à sua equipe e vibrou intensamente com o apito final. “É muita emoção e felicidade, um verdadeiro clássico, um jogo muito difícil. Sensação de dever cumprido, porque esses meninos treinaram muito para conseguir apresentar um bom trabalho e conseguimos colocar em prática tudo o que treinamos em apenas seis meses. Estou feliz em poder ser bicampeã seguida e poder ir para o Rio de Janeiro, que deve continuar lindo”, disse sorrindo, fazendo referência à música “Aquele Abraço”, de Gilberto Gil.
Mais experiente do plantel, Augusto Ricardo Cavali foi determinante para garantir o quinto troféu da escola de Dourados, sendo um dos cestinhas do time, além de atuar como mentor dos mais novos, por já ter participado de competições a nível nacional. “Sou o único que sobrou do time campeão em 2019, então é meu dever orientar os que estão chegando agora. É um time muito dedicado, que não falta nenhum treino e que foi premiado com mais um título”.
Contemplado pelo Bolsa Atleta, programa do Governo do Estado, Augusto fraturou o pé há cerca de um mês e chegou a ser dúvida para os Escolares. “Fiquei um tempo de cadeira de rodas. Semana passada eu comecei a treinar, estava de bota ortopédica, machucou meu pé, mas me esforcei e dediquei ao máximo”.
Ele ainda destacou a importância do benefício financeiro mensal. No começo do mês eu estava sem tênis para jogar e o Bolsa Atleta ajudou muito, consegui comprar um e mais alguns equipamentos. É um benefício muito importante para a minha carreira e me ajuda a representar o estado lá fora”.
O técnico Hugo Roberto Costa está há 15 anos à frente do time de basquetebol da E.M. Jardim Ivone e já comemorou sete vezes o título dos Jogos Escolares na categoria de 12 a 14 anos. A última vez foi em 2017. Apesar do revés neste ano, o professor valorizou a atuação da equipe. “A gente faz esse trabalho na escola para educar crianças através do esporte e não podemos ganhar sempre. Nas derrotas também há aprendizagem. Estou feliz também pelo espetáculo que proporcionamos e infelizmente numa final tem de haver um vencedor e um perdedor”.
A instituição de ensino, que leva o nome do bairro, está localizada na periferia ponta-poranense e atende crianças da região por meio de projeto socioesportivo. Além de oportunizar centenas de jovens, o trabalho tem revelado atletas, que se apaixonam pelo esporte da bola laranja. “O projeto é humilde e sempre pensou mais na parte social. É um projeto 100% da comunidade, oferecemos uma opção de lazer aos jovens do Jardim Ivone, que praticamente passam o dia na quadra. É um trabalho que, com seriedade, vem dando certo e sempre estamos chegando às finais”, enfatizou o técnico.
Um dos talentos da escola é Rafael Romeiro, que estreou nos Escolares e não se intimidou. “Motorzinho” do time, o atleta de 13 anos vai para cima, gosta de rabiscar em quadra e infiltrar no garrafão adversário sem pensar duas vezes. “Sou de velocidade e drible, gosto de ir para cima mesmo”, confessou. “Foi muito bom, uma experiência muito boa. Agora, vamos treinar muito para tentar ser campeão no ano que vem”.
A Escola de Educação Cativante (Rio Brilhante) fechou o basquete masculino em terceiro e o Colégio Preve Objetivo (Paranaíba) em quarto.
No feminino, a última partida da série também teve “gostinho” de final. A Escola Cativante (Rio Brilhante) ficou com o ouro, ao bater a atual campeã, a Escola Municipal Neil Fioravanti, de Dourados. A partida terminou com placar apertado, em 51 x 48.
Com assessoria