Home JOSÉ MAGNO É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA!

É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA!

Para você mais um texto feito com satisfação e respeito. Nosso relacionamento de cumplicidade se materializando nos números altíssimos de acessos e visualizações dos textos. GRATIDÃO por você acompanhar e valorizar nosso trabalho, aumentando nosso compromisso de levar trabalho de qualidade para você que é a razão do nosso trabalho.

É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA vem de uma leitura de um enredo de carnaval da minha ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA, samba enredo campeão em 2019. Bom pessoal você não precisa obrigatoriamente gostar de carnaval, mas pode gostar de CULTURA. E isso tem nesse samba, onde eu quero um país que não está no retrato é uma forma de gritar por mais justiça e igualdade. E isso não tá retratado, a miscigenação de raças que continua com o massacre do sistema. É só olhar os indicadores veremos a violência contra as populações vulneráveis, onde tudo está muito velado e contado através de uma história maquiada.

Nesses mais de 500 anos aconteceu mais invasões as populações indígenas massacradas nada que justifica, e quem foi de aço nos anos de chumbo lutamos contra uma ditadura NOJENTA E PORCA. Os reflexos estão aí, não precisa ir muito longe, teríamos muito pra explorar. A questão que importa é que os livros contam histórias lindas, e com certeza queremos um Brasil, que não está no retrato e esse tem fome, miséria, injustiças, preconceitos, discriminação e por vai. Estamos mobilizados e vamos saindo do retrato é pra reflexão.

Dr. Magno Brasil escreve as terças e sextas-feiras neste espaço para expressar seus pensamentos e ajudar a socidade

Vou encerrando com o samba enredo da ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA que tem na sua letra bela a frase que dá o título para o texto que É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA é assim:

Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões

Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
São verde e rosa, as multidões

Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra

Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato

Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati

Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”

Sair da versão mobile