Todo mundo sabe que fazer o tal do “puxadinho” em casa sempre sai do orçamento feito na primeira planilha. E muita das vezes, o trabalhador brasileiro não tem na conta bancária o valor total para a obra, mas mesmo assim começa os trabalhos. Agora imagina isso. A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, através da Fundação FAPEC, recebeu pouco mais de R$ 9,4 milhões de reais depositado em conta corrente há mais de um ano e depositado pelo Governo do Estado.
Para fazer o projeto das necessidades foi o maior enrola, enrola. Tanto é que as reclamações foram feitas por todas as partes, inclusive pelo próprio governo, que não acreditava de tanta demora. Pode ter sido por conta dos diversos shows programados para o estádio Pedro Pedrossian, que deve ter tido uma arrecadação bem boa para os cofres da administração.
Documento oficial de acompanhamento da liberação dos recursos para reforma no estádio Pedro Pedrossian, consta que até agora a empresa contratada para fazer o serviço, que começou com um atraso de mais de 100 dias, a 1A Serviços de Obras Civis e Terceirização de Pessoal LTDA, executou apenas 18,7% dos recursos disponíveis. Há duas semanas, a reportagem do site esportems esteve no local, e os trabalhadores relataram que a obra nunca ficaria pronta em janeiro. Como disseram em maio e olha lá.
Dinheiro não falta. Sabe o que falta. A compra dos materiais. Isso mesmo. A FAPEC liberou apenas R$ 636.109,27, para a empresa executar reforma dos banheiros, execução da Reforma dos vestiários, de um contrato de R$ 3.418.531,55. Isso dá um percentual de 18,61%.
Print da ferramenta de acompanhamento de liberação do recurso (data 22/01/203)
Na UFMS, existe uma “correria” para falar sobre o assunto. Cada um joga pro outro. A obra fica passos de tartaruga, mas será que o dinheiro está sendo utilizado para outro fins. Quem percorre a região, pode observar que existem canteiros de obras por todos os lados. Com o Morenão, nunca foi mesmo prioridade para a UFMS, vai levando como dá. O Morenão já pode ser considerado o novo Aquário de Campo Grande. Parado, com dinheiro em caixa. Será que haverá muitos aditivos no contrato. Só os próximos dias, ou anos, vai ser possível entender o porque a grande demora em reforma no gigante de cimento armado.