Home COMEMORA Judoca do MS, Aléxia Nascimento, entre definitivamente na briga por Paris-2024

Judoca do MS, Aléxia Nascimento, entre definitivamente na briga por Paris-2024

Aos 21 anos, Aléxia agora entra na briga por vaga na CBJ (foto-acs)


A judoca sul-mato-grossense Aléxia Nascimento conquistou hoje o título de campeã Pan-americana da categoria 48 kilos. Ele vem sendo monitorada desde 2019, quando passou a vencer as principais competições nacionais e internacionais, sendo inclusive atleta do projeto da Confederação Brasileira de Judô. Agora, ela entra na briga para estar na Olimpíadas de Paris na categoria adulta.

A campanha no Pan começou com vitória por ippon sobre a venezuelana Maria Gimenez, nas oitavas, e bateu a argentina Keisy Perafan, nas quartas-de-final. Na semifinal, a brasileira foi superior à colombiana Érika Lasso e venceu a luta nas punições (3-1) para chegar à final.


Na decisão, bateu Edna Carrillo para conquistar sua primeira medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, aos 21 anos. Ela foi campeã do Pan Júnior de Cali, em 2021, e conquistou assim sua vaga no pan adulto.

Estou muito feliz, mas ainda processando tudo isso. Fui a primeira pessoa a conseguir a medalha de ouro na categoria do judô e só tenho a agradecer ao Time Brasil, a CBJ, por ter me dado essa oportunidade e confiança, porque foi um processo muito longo chegar até aqui. Foram muitas derrotas, muitas alegrias”, celebrou Aléxia.

Judocas do Brasil conquistam bons resultados neste dia (foto-cbj)

OUTROS RESULTADOS DO BRASIL JUDÔ

Menino de ouro 

A segunda medalha de ouro do Brasil veio com o novato Michel Augusto que, mesmo aos 18 anos, não se intimidou e mostrou personalidade para derrubar três adversários. Estreou com vitória por waza-ari sobre Jairo Moreno, de El Salvador, nas quartas, e bateu Sebastian Sancho, da Costa Rica, na semifinal, com um waza-ari no golden score. 

Na final, Michel enfrentou o colombiano Johan Rojas e ficou em desvantagem nas punições. Mas, recuperou-se na luta e impôs outras três punições ao adversário para faturar mais um ouro para o Brasil.

“Com 18 anos poder viver isso aqui é muito gratificante. Foram lutas bem duras, mas acho que meu diferencial na competição foi não desistir, dar o melhor de mim. Nessa final, comecei perdendo, mas consegui virar e ser campeão”, contou Michel.

Pimenta domina e assegura bicampeonato do Pan

No 52kg, o judô brasileiro foi muito bem representado por Larissa Pimenta, que defendeu seu título de 2019 com solidez, dominando todas as adversárias até a final. 

Estreou com um ipponzaço sobre a chilena Judith Gonzalez, nas quartas, e repetiu a dose contra a americana Angelica Delgado, na semifinal. 

A medalha de ouro veio depois de um combate equilibrado com a mexicana Paulina Martinez, vencido pela brasileira na tática das punições (3-2). Três shidos e segundo ouro pan-americano para Larissa Pimenta.

“Essa é minha segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos. É um título muito importante para mim, um título que vim buscar e estou feliz com essa conquista. Já começamos bem, mas sempre podemos melhorar. O Brasil é uma potência, acredito muito no nosso país e vamos torcer que ainda tem mais”, projetou Pimenta. 

Willian se recupera na repescagem e garante bronze

A quinta medalha do Brasil veio com o meio-leve Willian Lima (66kg), que foi surpreendido pelo venezuelano Willis Garcia, nas quartas-de-final, e precisou passar pela repescagem para chegar à disputa pelo bronze. Venceu Juan Pablo Hernandez, da Colômbia, por waza-ari, e liquidou Juan Postigos, do Peru, com ippon na disputa pelo bronze.

Campeã de tudo

O grand finale veio com Rafaela Silva (57kg), que confirmou o favoritismo e não tomou conhecimento das adversárias para conquistar a medalha de ouro que faltava em seu já recheado currículo. 

Estreou com vitória por ippon sobre a panamenha Kristine Jimenez e seguiu desfilando suas técnicas ajustadas para finalizar Maria Villalba, da Colômbia, com um ipponzaço que a conduziu à final. 

Na última luta, Rafa quis acabar rápido com o combate e, nos primeiros segundos, marcou um waza-ari. Manteve a postura agressiva e projetou Brisa Gomez, da Argentina, novamente, para marcar o segundo waza-ari e entrar para a história como a primeira judoca brasileira “campeã de tudo”: Jogos Olímpicos (2016), Campeonato Mundial (2013 e 2022) e Jogos Pan-Americanos (20123) 

??“Estou muito feliz. Sabemos como é o judô, um esporte de alto rendimento, então não adianta chegar e falar que bateu na trave, que foi prata, bronze, porque o próximo é só daqui a quatro anos. Este é meu quarto Pan-americano, então, tenho pelo menos 16 anos aí de estrada, batalhando, para conseguir essa medalha de ouro, esse feito e estou feliz de ter essa resiliência, essa capacidade mental de conseguir chegar aqui e fazer o meu papel. O meu objetivo era sair daqui com a medalha de ouro”, analisou Rafa. 

O judô no Pan continua neste domingo, 29, com mais seis brasileiros na busca por medalhas: Daniel Cargnin (73kg), Gabriel Falcão (73kg), Guilherme Schimidt (81kg), Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (70kg) e Luana Carvalho (70kg)

 

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