Estava indo tudo bem no campeonato sul-mato-grossense. Apesar de todos os problemas e reclamações, um lance pode mudar os rumos da reta final e o tapetão pode influenciar nas semifinais. Tudo isso por conta da entrada dura ou violenta do meia Luiz Espírito Santo, do Costa Rica, no também meia Cabanhas, do Aquidauanense, que acabou gerando reclamações e polêmicas. E por isso, o Tribunal de Justiça entrou em campo para “expulsar” o jogador, que foi punido apenas com cartão amarelo pelo árbitro Paulo Henrique Salmázio.
O TJD divulgou comunicado, que se o árbitro não expulsou, a caneta dos integrantes vão poder ou não expulsar o jogador do Costa Rica, dentro dos intermináveis parágrafos, incisos, adenos, aditivos, etc, do Código Disciplinar.
E caso isso aconteça, o Tribunal do Mato Grosso do Sul vai dar exemplo de lisuras e acompanhamento em todos os jogos do estadual. Afinal, os procuradores e auditores do Tribunal estão todos os finais de semana, ou meio, espalhados nos estádios acompanhando as irregularidades que venham acontecer e que por acaso passem despercebidos pelos responsáveis pelo andamento dos jogos.
E é por isso, que o Tribunal se reúne, sempre após a cada rodada, e cada um dos auditores e procuradores e quem sabe até o próprio presidente do TJD, apresenta um relatório apontando se houve ou não irregularidades. Na primeira fase do Campeonato Estadual, a Rádio EsporteMS transmitiu 17 partidas, todas elas AO VIVO presencial, em Campo Grande, Aquidauana e Sidrolândia. Não se viu nenhum desse relatórios, mesmo com reclamações ocorridas.
Será que os “observadores” do TJD acharam tudo normal. Na partida entre Novo e DAC, o assistente Leandro dos Santos Ruberdo teve erro quase imperdoável ao anular o gol legal do atacante Luan. O TJD não se manifestou para reconhecer que houve o erro e que o gol precisava ser confirmado e com isso terminar a partida em 1 a 1. Só se o observador saiu um pouquinho antes para não pegar o trânsito de Sidrolândia a Campo Grande naquele sábado.
Os lances podem até não ser comparados, por conta da violência que se apontam do atleta, mas o fato do Tribunal querer entrar em campo, ai sim se pode comparar. Porque agora quer buscar justificar o erro da arbitragem e no outro também grave, no sentido de poderia ter levado até ao rebaixamento, não se houve manifestação. Hoje, até o próprio assistente admite que não poderia ter errado no lance, afinal ele é sempre apontado como um dos de alto nível dentro da arbitragem.
Isso é apenas um exemplo. Tomara que não sejamos “ridicularizado” perante todos os tribunais ou então vamos continuar acreditando que os “homens de preto” estarão sempre vigilantes nos acontecimentos e caso não seja resolvido dentro das quatro linhas, a caneta está aqui com tinta para resolver. Quem viver verá, afinal o exemplo espelhando por alguns estão bem acima dos simples mortais.
Cláudio Severo
Editor Chefe