O Ministério Público de Goiás denunciou 16 pessoas na última terça-feira (9) pelo envolvimento em esquema de fraudes nos resultados de 13 jogos de futebol para beneficiar grupos de apostadores. Entre os denunciados pela Operação Penalidade Máxima, deflagrada em abril, 7 são jogadores de futebol e 9 foram identificados como apostadores e membros do esquema criminoso.
Em relação às partidas manipuladas, foram contabilizadas 8 do Campeonato Brasileiro da Série A, 1 da Série B e quatro de campeonatos estaduais. Todas as partidas de competições nacionais ocorreram no ano passado, enquanto as estaduais são de 2023.
A quadrilha manipulou o resultado de pelo menos 20 partidas, com o objetivo de de lucrar com apostas esportivas. Para isso, aliciavam jogadores e combinavam o cometimento de faltas e de pênaltis, o recebimento de cartões amarelos e vermelhos, além do número de escanteios. Os confrontos são analisados pelo MPGO, que agora teve acesso aos valores pagos aos atletas.
A lista de envolvidos soma, agora, um total de dez jogadores. Além dos novos nomes, já estavam sob a mira do MPGO os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense; Kevin Lomónaco, do Bragantino; Paulo Miranda, ex-Juventude; e Eduardo Bauermann, do Santos; os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport; e Moraes, ex-Juventude e hoje Atlético-GO; e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e hoje Ypiranga-RS.
O zagueiro Paulo Sérgio, Operário (PR), que jogou em Campo Grande na partida da Copa do Brasil contra o Galo também tem seu nome entre os envolvidos. O jogador saiu de forma “estranha” aos 15 minutos do primeiro tempo alegando uma contusão. O time sul-mato-grossense venceu pelo placar de 1 a 0 e passou de fase da competição nacional.