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O Brasileirão Rei, por Reuel Oliveira

  • Reuel Oliveira, Rádio Hora

    O Campeonato Brasileiro de Futebol 2023, intitulado de Brasileirão Rei em homenagem ao Pelé, chegou ao fim na última quarta-feira (06) com muita emoção. O primeiro campeonato após o falecimento do maior jogador da história do futebol foi um dos melhores desde a criação do esporte, e não poderia ser diferente. Desde o campeão, os rebaixados, os jogadores e aos torcedores, tudo é memorável. 

Dinastia

Foto: Cris Mattos

O Palmeiras desbancou os rivais e venceu o campeonato pelo segundo ano consecutivo. O título da liga foi o 12º do time, que é o maior campeão do torneio. Durante o ano, o Botafogo chegou a pôr a mão na taça e foi o líder durante 31 rodadas, mas após a saída de Luís Castro e as conturbadas passagens de Bruno Lage e Lúcio Flávio, o alvinegro carioca não conseguiu se segurar e terminou o campeonato apenas na 5º colocação.

Com a derrocada e instabilidade do Botafogo, coube ao Palmeiras o trabalho de assumir a liderança. O time de Abel Ferreira mais uma vez mostrou constância e força mental, marcas da equipe tão vitoriosa. O atleta Raphael Veiga chegou a declarar que a equipe não tinha dúvidas de que correria atrás dos resultado caso houvesse uma brecha do “quase campeão”.

“Não é soberba nem nada, mas a gente já está acostumado a lidar com pressão. Estávamos em dúvida de como o Botafogo iria reagir se perdesse umas duas partidas. Depois vimos que dava pra buscar”, disse o meia na premiação dos melhores jogadores do campeonato.

O título sacramentou a dinastia palmeirense no Brasil, não só com títulos, mas com estabilidade, força emocional, profissionalismo da diretoria e referência tática. A grande dúvida do clube agora é a permanência ou não do técnico Abel Ferreira para 2024. A tendência é que o português cumpra seu contrato e permaneça para o próximo ano, mas sem renovação do vínculo.

Rebaixamento

América Mineiro, Coritiba, Goiás e Santos foram os rebaixados deste ano. Antes do campeonato começar os alviverdes já eram cotados como possíveis integrantes do Z4, mas a primeira queda na história do Santos Futebol Clube, justamente no campeonato em homenagem ao seu maior ídolo, não era esperado. Mesmo com jogadores de alto nível como João Paulo e Marcos Leonardo, o time não conseguiu se segurar e com a junção de resultados das partidas de Bahia e Vasco na última rodada, a equipe caiu para a segunda divisão.

A má gestão da diretoria do clube foi um dos fatores chave para a queda do Peixe. Contratações que não deram certo como Goulart e Mezenga, crises financeiras, demissões e contratações de técnicos indevidos foram a marca do time nos últimos anos. A queda não é acaso, e foi resultado de anos de má organização. Agora resta ao gigante brasileiro se reestruturar para retornar mais forte, honrando o nome de Pelé.

Brasileirão de grandes craques

Ao homenagear o melhor jogador do esporte, e rei do futebol, o Brasileirão contou com inúmeros craques. Desde grandes goleiros intransponíveis, passando por meias extremamente técnicos e chegando em centroavantes matadores, o torcedor brasileiro pode ver ao longo das 38 rodadas um verdadeiro desfile de craques. 

Na premiação Bola de Prata, a seleção do campeonato foi: Weverton; Piquerez, Adryelson, Murilo e Mayke; Villasanti, Raphael Veiga, Arrascaeta e Pulgar; Luis Suárez e Hulk.

O craque uruguaio recebeu a bola de ouro do campeonato e foi o melhor jogador do Brasileirão. O atacante foi o grande líder e referência técnica do Grêmio no ano, além de ser vice-artilheiro com 17 gols e 11 assistências.

Foto: Thiago Ribeiro

Além deles, o campeonato brasileiro ainda contou com o artilheiro Paulinho, que marcou 20 gols, com Filipe Luís, Marcelo, Alan Patrick, James Rodríguez, Lucas Moura, Ganso, Payet, entre outros. 

Com destaque para os astros do futuro, como André, Nino, Beraldo, Marcos Leonardo,Victor Roque e a revelação do campeonato brasileiro e já vendido para o Real Madrid, Endrick. O garoto de 17 anos foi campeão pela segunda vez do Campeonato brasileirio e comandou a retomada do Palmeiras. Destaque para a vitória do Palmeiras de virada por 4×3 contra o Botafogo, onde fez dois gols e foi o melhor em campo. 

 9,7 milhões

O Brasileirão Rei também foi um espetáculo nas arquibancadas. Foram 9,7 milhões de torcedores, uma média de  26.524 pagantes por partida. Antes dessa edição, o recorde era de 1983, que teve 22.953. O clube com a maior média de público foi o Flamengo pelo segundo ano seguido. O Rubro Negro Carioca teve uma média de 54.499 mil pessoas por jogo. Ao todo, o Flamengo levou 1,03 milhão de torcedores ao estádio nesta edição do campeonato. 

Foto: Paula Reis

O campeonato Brasileiro de 2023 será lembrado por toda a história como o Brasileiro mais emocionante, como o Brasileirão da Dinastia, o Brasileirão da queda do Santos, o Brasileirão dos craques, o Brasileirão dos 9,7 milhões de torcedores, tudo isso para homenagear Pelé, o maior e melhor jogador da história do futebol. Por isso, essa edição será eternamente lembrada, como o Brasileirão Rei.

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