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Próximo de ser cancelado, prefeitura frustra jovens e Associação sai em defesa dos Jogos

A administração da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, pode deixar milhares de jovens sem a disputa de uma das mais tradicionais competições esportivas da Rede Municipal de Ensino. Os jogos da REME chegariam à 44ª edição. Chegariam, pois as informações não são nada boas para os alunos/atletas que estavam esperando e já preparados para a tradicional disputa. Em se concretizando o cancelamento, será o quarto evento esportivo, só neste ano, que a prefeita trata com “descaso”. Além disso, a situação criou um desconforto tão grande, que a Associação dos Professores de Educação Física de Mato Grosso do Sul divulgou uma Carta Aberta em Defesa dos eventos esportivos, com alerta à sociedade campo-grandense (leia abaixo a carta)

Segundo diversos professores e alunos, a edição deste ano está sendo cancelada por falta de previsão orçamentária e planejamento para organização dos jogos. Em algumas escolas, já haviam sido até dados os retoques em algumas quadras para a disputa esperada por todos, visto não ter ocorrido nos últimos anos por conta da pandemia.

Basquete era uma das modalidades esportivas em disputa

Na última edição, 89 unidades escolares participaram dos jogos em 18 modalidades esportivas: voleibol, basquete, handebol, futsal, ginástica rítmica, judô, tênis de mesa, badminton, atletismo, jogos de damas e xadrez, todos foram realizados na competição em 2019.

Há dois dias, a reportagem do EsporteMS procurou a secretária municipal de Educação, Alelis Izabel, para falar sobre o assunto. Mas, preferiu-se encaminhar o assunto para a assessoria de imprensa da prefeitura, que, até agora, não se manifestou sobre a Nota Oficial de posição da Prefeitura.

De nota-se, pela atuação da atual mandatária da cidade, que o esporte não tem muita importância em sua gestão. Somente neste ano, em três eventos esportivos, houve ausência da prefeita Adriane Lopes, isso em eventos que a reportagem do EsporteMS, estava no local.

A primeira situação que deixou um lastro de desconfiança aconteceu com os Jogos Abertos de Campo Grande. Nunca, nos seus 43 anos de existência, a prefeitura deixou de fazer a tradicional abertura, com desfile dos participantes, tocha de fogo, leitura de juramento dos atletas. O presidente da Funesp, Odair Serrano, buscou justificar que haveria uma grande festa de fechamento, mas não realizar a abertura oficial de uma competição tradicional como os Jogos ficou um vazio. O reflexo disso, é no descontentamento e os jogos são apontados como os mais fracos de todos os tempos.

Tradicional abertura não aconteceu nos Jogos Abertos

A segunda situação foi na abertura dos segundo Jogos InterAtlética, que envolve oito universidades da Capital. Apesar de fazer muito frio naquela noite, todas as equipes, os atletas e torcedores aguardaram a prefeita Adriane Lopes, no Centro de Treinamento Esportivo, a qual teria confirmada a presença, mas preferiu cumprir outra agenda.

E, também, aconteceu na decisão do esporte mais popular do planeta, o futebol, no complexo esportivo Elias Gadia, na final entre Hortifruti Casarão e Perfil Ferro: a prefeita não compareceu ao local para prestigiar e fazer a entrega da premiação.

Desse modo, ou há um descaso, até porque não se tem informações que a prefeita seja uma desportista na essência, e por isso não entenderia o sentimento dos atletas/olímpicos e menosprezar a agenda esportiva oficial da cidade, ou alguém está simplesmente mal assessorada. Como a última palavra é da mandatária, fica o vazio da falta das devidas explicações ao público desportivos e à população em geral.

    LEIA A CARTA DA ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE               EDUCAÇÃO FÍSICA DE MATO GROSSO DO SUL

Carta Aberta em Defesa da DEAC e dos

43º JERES, 35º JIRES, 13º JOPARE, 13º FEAC,

um alerta à sociedade Campograndense:

Introdução

Não há como falar em valorização da vida se não falar em Esporte Arte e Cultura, estes se encontram dentro de quatro princípios:

Princípio Cientifico.

1 – Princípio Cinestésico: Importância do Movimento, libertando se do sedentarismo e diminuindo a obesidade.

2 – Princípio Lúdico: Trabalha com o corpo e também com o relacionamento social, melhora o sistema fisiológico, e oferece prazer e diversão.

3 – Princípio Agonístico: Princípio este em que a criança saberá lidar melhor com a sua realidade através do esporte arte e a cultura, descobrir conhecer e usar, afetivo, cognitivo, e motor.

4 – Princípio Ético: Desafio diário na formação ética, moral onde se idealiza a construção da personalidade.

Apresentação.

Existe hoje uma conscientização do trabalho desenvolvido pelo Deac; vamos de um Parecer sobre um Projeto de Lei, passando por Capacitação, Eventos de culminância como JERES, JIRES e FESTIVAIS, ginastica Laboral, FEAC, Festival de Dança e Apresentação Teatral,

Descaracterização do DEAC.

…Especialmente, quando a pandemia de Covid-19 reduziu, drasticamente, a prática de atividade física de jovens, é paradoxal que a SEMED vire-se de costas para a ciência e faça, exatamente, o contrário, (109.000 crianças e jovens).

Não foram realizado no primeiro semestre 09 festivais esportivos na faixa etária de 7 a 10 anos, ( 3500 crianças ).

Deixarão de ser atendidas 111 unidades educacionais.

Descompromisso com 80 eventos, (15.954 atendimentos).

Não atenderão 1200 crianças com deficiência, (13° JOPARE).

Crianças de 11 a 12 anos não participarão de atividades de sociabilização, (35° JIRES).

O tradicional 43° JERES com a participação de 5.000 crianças corre o risco de não ser realizado.

Principio da Base Comum Curricular.

A BNCC para o Ensino Fundamental, procurou garantir aos estudantes oportunidades de compreensão, apreciação e produção de brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura. As práticas foram trabalhadas visando: à identificação de suas origens e dos modos como podem ser aprendidas; ao reconhecimento dos modos de viver e perceber o mundo a elas subjacentes; ao compartilhamento de valores, condutas e emoções nelas expressos; à percepção das marcas identitárias e à desconstrução de preconceitos e estereótipos nelas presentes; e, também, à reflexão crítica a respeito das relações práticas corporais, mídia e consumo, como também quanto a padrões de beleza, exercício, desempenho físico e saúde. (Brasil, 2017, p. 483).

Da Não Realização.

O descaso da rede municipal de educação onde não há previsão orçamentária para eventos tradicionais realizados pela divisão de esporte arte e cultura… não publicou o calendário… e não houve comunicado aos 458 professore que trabalham na divisão.

Conclusão.

Diante destas considerações, estamos instituindo, a partir de agora, um alerta em defesa do Esporte na escola e seu papel estratégico na educação campograndensse. Para tal, convidamos a aderirem e subscreverem esta Carta, bem como a nossa preocupação.

O que prevê:

copia ao Cref MS

Sensibilização dos Vereadores;

Audiência Pública na Camará;

Copia ao Conselho de Educação;

Copia as Federações

Audiência com a prefeita;

Debates públicos nos diferentes meios de comunicações e instituições educacionais e da saúde.

Principio da Identidade.

Quem somos… autor desta Carta Aberta à Sociedade Campograndensse.

A ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE MATO GROSSO DO SUL, conhecida pela sigla APEFMS, fundada em dezessete de setembro de mil novecentos e oitenta, é pessoa jurídica de direito privado, de natureza associativo sem fins lucrativos, com foro jurídico na cidade de Campo Grande, com número ilimitado de sócios, sem distinção de nacionalidade, credo político ou religioso e tem por fim : defender os direitos dos associados e de classe; pugnar pela união da classe, promovendo reuniões pedagógicas, técnicas, esportivas e sociais; promover, e divulgar por todos os meios ao seu alcance a Educação Física e os Desportos;

Maurício Bernardo de Aguiar

Presidente APEFMS

 

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