Competição teve reencontro de amigos em Três Lagoas (foto-acs)

O retorno dos Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul, após mais de dois anos, foi marcado por reencontros e confraternização entre idosos-atletas de 13 municípios, além de emoções à flor da pele, com o sentimento de superação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Foram cinco dias de disputas, de 10 a 14 de novembro, nas modalidades bocha e voleibol adaptado, em Três Lagoas.

A competição teve como organizador o Governo do Estado, por intermédio da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), com apoio da Empresa de Saneamento do Estado (Sanesul) e Prefeitura Municipal de Três Lagoas, via Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejuvel).

Participaram, ao todo, 255 idosos-atletas (132 no feminino e 123 no masculino), com idade mínima de 60 anos, de 13 municípios: Bataguassu, Caarapó, Campo Grande, Chapadão do Sul, Dourados, Iguatemi, Itaporã, Jardim, Maracaju, Nova Andradina, Ponta Porã, Selvíria e Três Lagoas.

“Nossos idosos sofreram muito com a pandemia, ficaram isolados em casa para a própria segurança, e foi emocionante ver essas pessoas voltando a competir, a encontrar amigos de outros municípios, matar a saudade numa grande confraternização. Os Jogos da Melhor Idade têm um sentimento diferente, proporciona qualidade de vida, diversão e momentos marcantes aos que participam”, salientou o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Ferreira Miranda.

Arlinda Paniago, de 71 anos, joga voleibol adaptado há mais de uma década e não via a hora de voltar às quadras para representar Jardim. “Eu amo jogar vôlei e os Jogos só enaltecem a gente, é bom para nossa saúde também. É um privilégio poder voltar a participar e dar exemplo para a juventude de agora, nossos netos, de que praticar esporte é vida”, contou. “Conseguimos sobreviver à pandemia, vencemos o vírus e estou muito feliz”, comemorou.

Apaixonada por vôlei, Arlinda exaltou o retorno dos Jogos

Quem também se emocionou com a volta dos Jogos foi Jomeri Arnaldo Paludo, que vestiu as cores de Maracaju no vôlei adaptado masculino. Para ele, o melhor foi reencontrar os amigos. “Reencontrei muitos amigos. Tenho amizade em cada município do estado e isso é a coisa mais bonita que existe. Recebi todos de braços abertos e foi muito bom”. O atleta de 61 anos ainda elogiou a organização. “Como sempre, muito bem organizado, fomos muito bem recebidos e isso até nos emociona”.

Não precisa de muito tempo para notar que o técnico de vôlei adaptado feminino de Caarapó, Luis Fernando Trilha, ama o que faz. Esta foi a primeira competição do treinador de 32 anos à frente da modalidade e orientando atletas acima de 60 anos. “É superação a todo momento, ver pessoas idosas praticando esporte e se dedicando é gratificante, para mim é uma emoção muito grande. Vim trabalhar de uma forma e estou voltando de outra”.

Luis Fernando é exemplo de amor e dedicação pelo que faz

O técnico explicou que tem suas avós como referência de amor e carinho, e sempre procura levar isso para dentro de quadra. “Sou uma pessoa muito próxima a minhas avós e estar as minhas meninas [atletas] me lembra isso. Não tem como tratá-las diferente. É isso que eu sinto. Elas precisam de carinho, de atenção e é isso que eu ofereço para minhas atletas”.

Atrações além do esporte

Os Jogos da Melhor Idade tradicionalmente oferecem atividades que vão além do esporte. O Concurso Miss e Mister Melhor Idade é muito esperado pelos participantes e, como sempre, abrilhantou o evento e animou o público presente. Entre os homens, o campeão em elegância e simpatia foi Hélio Ceni, atleta de vôlei adaptado de Campo Grande.

“A idade está sempre na nossa cabeça e se a gente for animado e feliz, é o que importa, principalmente ao se pensar nos momentos difíceis que passamos com a pandemia. Todos nós estávamos ansiosos esperando o dia em que os Jogos voltariam e graças a Deus neste ano aconteceu. Ficamos muito felizes e agradecidos”, relatou Ceni.

Já no desfile feminino, Maria de Fátima Silva, representante de Selvíria no voleibol, esbanjou sorrisos, carinho com a plateia e foi a escolhida dos jurados. “Foi uma alegria imensa poder representar minha cidade e mostrar para todo mundo que não tem idade para ser feliz, ter saúde e praticar esporte”.

Comandado pela dupla sul-mato-grossense Luis Goiano e Girsel da Viola, o Baile da Melhor Idade também movimentou os mais de 250 idosos do evento, que dançaram ao som do sertanejo, chamamé e vanera. A pista de dança foi montada na ArenaMix.

Confira abaixo os vencedores dos Jogos da Melhor Idade 2021 na bocha e vôlei adaptado:

BOCHA

Feminino

1° lugar – Caarapó: Obaldina Oliveira e Izabel Matos

2° lugar – Nova Andradina: Valdirene Gomes e Maria Lourdes Vasconcelos

3° lugar – Ponta Porã: Manoela Rodrigues e Calista Capbodevila

Masculino

1° lugar – Iguatemi: Roque Delevatti e Otávio Mantovani

2º lugar – Chapadão do Sul: Reovaldo Bogacki e Nelson Scheer

3º lugar – Ponta Porã: Domingos Augusto Antonio e Jacob Horst

VOLEIBOL ADAPTADO

Feminino

1º lugar – Três Lagoas

2° lugar – Maracaju

3° lugar – Campo Grande

Masculino

1º lugar – Campo Grande

2º lugar – Maracaju

3º lugar – Três Lagoas

Confira mais detalhes dos jogos: Boletim 7 – JMI 2021. Confira também todas as fotos do evento: Galeria de fotos – JMI 2021.

Os Jogos da Melhor Idade 2021 voltam a Três Lagoas em dezembro, entre os dias 10 e 12, para a etapa do esportes individuais e em duplas: atletismo, damas, dança de salão, dominó, malha, natação, sinuca, tênis de mesa, truco e xadrez.

Com assessoria