O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou por meio de sua rede social nesta segunda-feira (29) que a Câmara não vai aprovar aumento de impostos. Segundo ele, o foco da Casa é a aprovação da reforma da Previdência, para depois pensar no corte de impostos quando a Câmara discutir a reforma tributária.
A declaração de Maia foi uma reação à fala do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que defendeu a criação de um novo imposto para acabar com a contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamento. O imposto, segundo Cintra, recairia, inclusive, sobre igrejas.
“Não vamos tratar de aumento de impostos na Câmara, não passa. O foco agora é a Previdência para fazer o País crescer, gerar empregos. Depois vamos debater a reforma tributária para cortar impostos, não para aumentar”, disse Maia.
Encontro com Guedes
No início da noite, o presidente da Câmara se encontrou como ministro da Economia, Paulo Guedes, para debater a reforma da Previdência. Participaram do encontro o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), e o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Segundo Maia, o encontro foi para demonstrar que o Executivo e a Câmara têm interesse na aprovação do texto.
“Vamos mostrar como a Câmara e o governo trabalharão de forma conjunta e harmônica, respeitando a independência dos poderes”, disse Rodrigo Maia.
Paulo Guedes afirmou que tanto o Planalto quanto a Câmara estão construindo um ambiente favorável para aprovação da reforma. “Os presidentes da República e da Câmara estão construindo clima favorável para atacar o principal problema fiscal, que é o problema /Càdo desequilíbrio orçamentário que ameaça o sistema previdenciário”, afirmou o ministro.
Guedes relativizou ainda a fala do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, sobre aumento de impostos que gerou polêmica. Guedes disse que Cintra foi mal interpretado e que o objetivo do governo é reduzir e simplificar impostos.