A equipe do Misto de Três Lagoas pode ser o próximo time de Mato Grosso do Sul a fechar as portas. Tudo em virtude da atual situação em que se encontra. Sem time para disputar a Série B deste ano e se pegar a punição de dois anos previsto na atual Legislação, por não participar do Estadual, não terá mais credibilidade para retornar. A crise ainda aumenta com a falta de apoio público, principalmente pelos problemas do passado em que os projetos de aprovação de verbas tiveram as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas.

Hoje, havia informação de que o presidente da FFMS, Francisco Cesário, estaria na cidade para reunir com autoridades locais para buscar uma saída da atual crise do Carcará da Fronteira, mas isso não aconteceu.

O atual presidente do clube, Gérson Corrêa, disse que havia entregue ofícios a prefeitura da cidade em março, mas não atuou junto para “fazer andar” os pedidos. Agora, menos de uma semana para a bola rolar não há nenhum jogador pronto para atuar.

História

Participação do time na Copa do Brasil (foto-divulgação-Três Lagoas)

Fundado em 01/01/1992, o Misto Esporte Clube participou pela primeira vez de um campeonato nacional depois de ficar com a segunda colocação no Estadual de 2009. A cidade recebeu o Campinense da Paraíba, onde venceu a fase, sendo isso pela primeira vez no futebol sul-mato-grossense. Em seguida, jogou em Campo Grande contra o Corinthians, sendo derrotado pelo placar de 2 a 0.

E ai começou a decadência do clube da fronteira com São Paulo. Suspeita de desvio da arrecadação da verba da partida da Copa do Brasil, no ano seguinte o time caiu para a segunda divisão. No ano seguinte, em 13 de agosto de 2011, o Misto conquistou o primeiro título de sua história. A equipe de Três Lagoas empatou em 0 a 0 com a equipe do Colorado no Madrugadão e sagrou-se campeão estadual da Série B. A equipe que já estava assegurada na primeira divisão, havia empatado o primeiro jogo em Caarapó, e tinha a vantagem de jogar por dois empates por ter feito a melhor campanha no quadrangular semifinal.

No ano de 2016, no próprio estádio viu a equipe ser rebaixada pelo Novoperário. Hoje, sem time e credibilidade junto ao empresariado local, o caminho parece ser inevitável: morar no Céu.