O Sete de Dourados vai ficar apto a disputar o Campeonato Estadual, mas se vai entrar em campo é outra história. Pelo menos foi o que disse o presidente do clube, Tony Montalvão, em entrevista ao programa Grande Esportes nesta terça-feira (15). Para isso, o clube confirmou participação no Estadual Sub-13, em novembro, a última competição de base no ano e disputar pelo menos uma delas é condição obrigatória para jogar o Estadual em 2020.
O campeonato será disputado em Chapadão do Sul e, além do Sete e da Serc, devem participar o Grêmio Santo Antônio, Comercial e Náutico, todos de Campo Grande. Com as categorias de base desativadas neste ano, o time douradense fez uma parceria com a AEFA para a competição. Cumprida essa obrigação, o Sete terá condição legal para a disputa, estar no campeonato, porém, não é certeza.
O presidente Tony apresentou ofício endereçado a Federação de Futebol manifestado a vontade de disputar a competição do próximo ano, o que substitui o ofício entregue em abril sobre a não participação. Amanhã a reunião ocorre às 14h na sede da FFMS com os presidentes convocados para iniciarem as discussões sobre os detalhes da temporada 2020.
Dinheiro e Estádio
Montalvão confirmou presença na reunião que acontece nesta quinta-feira (17), na sede da Federação, com representantes dos outros sete clubes já garantidos, mas, segundo ele, apenas para dar sequência ao protocolo de participação no campeonato. “Se vai jogar ou não, é outra história”, disse. Feito isso, o prazo legal para abrir mão para disputa seria o dia 19 de novembro, data do Conselho Arbitral.
Os problemas são os mesmos já enfrentados nas últimas temporadas. Estádio para mandar os jogos e apoio financeiro. “Todo ano eu falo que não vou, fico reclamando e acabo colocando [o time no Estadual]. Desta vez é diferente. Eu não estou disposto a vir de Portugal para passar as mesmas dificuldades que já passei”, disse. Tony disse que vai deixar o clube apto para o Estadual 2020, mas sua função como gestor, neste momento, seria improvável.
Neste caso a possibilidade seria o clube ter um outro gestor mas, segundo o presidente, as propostas que teve não ofereciam as garantias necessárias. “O Sete só vai disputar se aparecer alguém que tenha condições de montar uma grande equipe capaz de manter o trabalho que fizemos nos últimos quatro anos”. Para isso porém, o fato do Estádio Douradão estar sem condições de uso, atrapalha. “Os que mostram interesse perguntam sobre o uso do Douradão, o que afasta possíveis interessados”, disse.