TJD livra “agressor”, pune vítima e ainda “desmoraliza” relatório de árbitro em uma só noite

    atacante agrediu gandula no jogo do Morenão (foto-imagem TV Morena)

    O Tribunal de Justiça Desportivo do MS mais uma vez entrou no campo no Estadual do Mato Grosso do Sul e em uma noite só desmoralizou no mínimo três itens indispensáveis para uma “possível” moralização. Não é a primeira vez, ou melhor, já são várias decisões tomadas que estranha os envolvidos no futebol. Ontem, na reunião ocorrida em um hotel da cidade, o TJD muda a história de que na Justiça, vale o que está no processo. Ou seja, o relatório do árbitro Paulo Henrique Salmásio, que apontou as diversas irregularidades ocorridas já no final da partida entre Comercial e Operário, que encerrou com pancadaria e agressão que rodou o mundo esportivo. E a vergonha nacional continua.

    O RESULTADO

    Do lado do Operariano, o atacante Jeferson Reis e o massagista Raul Prazeres dos Santos Neto foram condenados e suspensos. Rodrigo Grahl, também atacante do Galo, foi expulso no fim do jogo por ter agredido o gandula Éwerton Silva de Oliveira com um chute, segundo a súmula do árbitro Paulo Henrique Salmázio. O jogador foi denunciado no artigo 254-A.
    A procuradoria retirou a denúncia contra Grahl após imagens levadas pela defesa mostrarem apenas o jogador tentando separar os envolvidos no tumulto. E as imagens foram apresentadas pela defesa, e o relatório do árbitro, que é a autoridade máxima, não valeu nada.

    Com essa decisão, a procuradoria abre precedente que a partir de agora, todas as denúncias de agressões no futebol sul-mato-grossense deverão ser acompanhadas com imagens em flagrantes. Como ocorreu quando o atacante do Galo, Jeferson Reis, espancou o gandula Tadeu Kutter. Ele foi julgado nos artigos 254-A (praticar agressão física durante a partida) e 257 (participar de rixa, conflito ou tumulto). Por unanimidade a 1ª Comissão Disciplinar do TJD decidiu que ele terá que cumprir suspensão de 12 jogos pelos atos violentos.

    O massagista do Operário, Raul Prazeres dos Santos Neto, relatado na súmula por dar origem a confusão também foi citado nos artigos 254-A, 257 e 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou local da partida). A pena para Raul foi a mesma de Jeferson, também por unanimidade.

    Pela lado comercialino, o lateral Jefferson Baré, foi julgado nos artigos 254-A e 257 foi suspenso por oito jogos após dar uma “voadora” durante a confusão. Ontem, ele praticamente deu adeus ao Estadual com o empate de 1 a 1 diante do ABC.

    O mais incrível foi a vítima do agressor. O gandula Tadeu Francisco Kutter Júnior, foi denunciado no artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva). O gandula foi o único envolvido na briga que falou para os auditores. Pegou 30 dias de punição. Será que as imagens flagraram alguma irregularidade do gandula? s dois clubes foram multados. O Galo terá que pagar multa de R$ 1 mil e o Colorado de R$ 2 mil.

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